De frente com o estilo: Rafael Freitas


Para quem sabe e gosta de ditar o que é bom, o conhece. O entrevistado de hoje é publicitário, tem uma obsessão pela classe e é um dissidente de primeira linha. Com cursos de extensão na ESPM em São Paulo e na Georgia State University ali nos Estados Unidos, Preparei uma belíssima entrevista para o Rafael Freitas, grande Sumidade baiana. Vem ver: 

EJ: O grande segredo para torna-se um magnata?

Rafael Freitas: Não poderia responder essa pergunta com precisão porque não sou magnata, não tenho conhecimento de causa. Minha área é outra e minhas aspirações também. Mas, de forma sintetizada, acredito que pensar em realizar é o caminho para as coisas acontecerem. O sucesso, ao meu ver, só chega para quem se dedica, batalha, vai à luta, erra e escorrega. O resto é castelo de areia.

EJ: Network, por exemplo, você acha que ainda é tão importante para o sucesso profissional no mundo dos grandes publicitários?

Rafael Freitas:  Completamente. E não apenas no mundo dos grandes publicitários. Isso vem da mitologia. As pessoas constroem interesses em cima de relações de troca. Nenhum sentimento nasce e perdura sem interesses por trás.

Rafael é o grande responsável pela criação do site “Alo alô Bahia”  um importante site onde fala sobre a galera bacana da sociedade baiana. 


EJ: Rafa, o que te inspirou a criar o Alô, alô, Bahia?

Rafael Freitas: Sempre fui muito inquieto. Faço várias coisas ao mesmo tempo. Minha cabeça não para. Durmo tarde todos os dias pensando em novas possibilidades, em novos desafios e em formas de me realizar como profissional. O Alô Alô nasceu de uma vontade de refletir o estilo de vida dos baianos interessantes, inteligentes, elegantes e ricos. É uma forma de representar a Bahia no mundo. É uma forma de se ver, de se curtir. A juventude estava carente de um espelho bacana com atitudes legais de pessoas que produzem e que realizam. Não é necessário apenas notícias tristes e desagradáveis. É necessário sim mais futilidade para levar entretenimento direcionado. O Alô Alô hoje é uma máquina de trabalho que não para!

 EJ: É notório que com a expansão das redes sociais ficou muito mais fácil ganhar dinheiro, e com isso, os publicitários armadores que não chegaram a estudar tanto estão podendo se virar muito bem. Qual é sua opinião em relação a isso?



Rafael Freitas: Só os bons sobreviverão. Existe uma necessidade de acompanhar os tempos e acredito que o futuro está imerso na internet. Ainda estamos descobrindo como as coisas funcionam, mas quem não tiver consistência irá dançar.


EJQuando criou o Alô, alô, você deixou bem claro que sua intenção era catalogar o estilo de vida de quem realmente importa na sociedade baiana, depois de quase um ano de puro sucesso, o que você aprendeu e ensinou durante esse tempo?


Rafael FreitasO que aprendi: Por trás de uma nota sempre existem intenções, o trabalho é grande e pesado. Não tenho domingos, feriados e férias. Há um mês luxei o ombro e passei três semanas na tipoia sem poder usar o braço direito. Trabalhei apenas com uma mão, todos os dias. E o que levaria duas horas, acabava terminando em seis. 
O que ensinei: Não tenho a presunção de querer ensinar nada. Quero apenas fazer meu trabalho e informar do jeito que sei e que gosto.

EJNão sei você, mas acredito que o pensamento ignorante “Salvador, é terra de poucas coisas” esta saindo da cabeça dos brasileiros. Mas a mídia não mostra o lado bem vivido da Bahia, Concorda comigo? Achando que a mídia deveria mostrar mais o lado bom onde vivemos e ajudar a tirar esse pensamento da cabeça dos brasileiros?

Rafael FreitasNão concordo. Não vejo a mídia minimizando a Bahia. Vejo mais um descaso político do que um destrato ou mal trato da imprensa.

EJComo você mesmo diz, sempre quis destacar mais o verdadeiro bom lado baiano. Mas sempre levando o Alô, alô, Bahia como um espelho que possa ser aderido por todas as classes. Durante esse tempo, viu resultados gratificantes em relação a todas as classes estarem lendo?

Rafael FreitasNão sei mensurar isso. O site é completamente elitista, mas não sei quem acessa, só a quantidade. Mesmo assim observo que a sociedade acompanha e que adora ter o nome publicado. As pessoas sentem prazer ao serem endeusadas. É muito mais uma questão de vaidade do que de qualquer outra coisa. Mas, por outro lado, tenho a certeza que ‘fulano de tal” que mora no interior, que não tem grandes acessos, gosta de ver como uma camada social vive. Recebo diversos e-mails de pessoas de outras cidades, de outros estados, perguntando como sair no site, quanto pagar, quem procurar, etc...

EJQuatro de maio é uma data muito importante para você. É quando o espelho da sociedade completa um ano, conta o que vai rolar nessa tão esperada noite? Mas conta alguma novidade, o Etiqueta Jeans, assim como o Alô, Alô, adora uma exclusividade!

Rafael FreitasA festa vai ser ótima. Estamos recebendo diariamente milhares de pedidos de convites e de gente buscando informações de como será, do que vestir, etc. Gostaria muito de convidar todo público, mas a boate só cabe 350 pessoas. Todos os presentes serão clicados e faremos uma grande matéria especial. A Istoé Gente também estará cobrindo o evento. Minha casa não para de chegar flores e cartões de parabéns. O som será comandado por Tom Hopknis, que é um paulistano de sucesso e DJ preferido de Luciana Gimenez. Dá um google aí para ver como é bacana. Iremos distribuir alguns brindes da Joalheria Carlos Rodeiro. E a entrada só será permitida com nomes na lista. Esses convidados irão contribuir com uma entrada solidária: Mulher 15 reais e homem 30.


EJFutilidade, depois da criação do site, você foi rotulado uma pessoa fútil? Como você lida com essas coisas, eu sei que é um saco! Além de ignorar, tem outro macete?


Rafael FreitasNão tenho tempo nem preocupação nem cabeça para pensar nisso. Meu site gera empregos, que gera negócios, que gera dinheiro. Empresas patrocinam e precisam de resultados. Visto a camisa e vou para batalha mesmo. Quanto as críticas que rolam, sorry, mas é sinal de que tem muita gente acessando. Não vivo a realidade do disse-me-disse e não encabeço nenhum personagem. Faço diversas coisas e tenho inúmeros objetivos. Como dizia Ibrahim, “ Os cães ladram e a caravana passa”.

EJQuando falam a palavra moda, qual a primeira coisa que vem na sua cabeça?

Rafael FreitasComércio. A moda nada mais é do que um ciclo de reinvenções e de ofertas que aquecem o mercado do consumo.

EJDicas para as pessoas que não tem cultura o suficiente para aceitar as novas tendências:

Rafael FreitasNão é questão de cultura. Quem tem cultura pode ate aceitar, mas não vive para seguir tendências. Acho que é o inverso: Quanto menos cultura mais vítima do sistema mercadológico e midiático. E, ainda digo mais: As regras foram feitas para serem quebradas e só consegue essa façanha quem possui autenticidade e segurança para não se prender aos pensamentos maioria.


Quando o assunto é luxo muito pouco se sabe, e por conta disso aparece o site, que logo vira espelho para a alta sociedade baiana. Em terra de poucas coisas, poucos se sobressaem. Na vida, se você não se por em primeiro lugar, você dança. E olha que pode não ser em Ibiza em?  Obrigado Rafael, você é demais!

Matheus Nattividade


 
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