Aconteceu comigo: Gravidez na Adolescência

O “aconteceu comigo”. Hoje, trás uma realidade que infelizmente insiste em crescer em nosso país.


- Mãe, Eu estou grávida. 

Essa é uma frase que nenhuma jovem quer falar.  Ouvimos em toda nossa juventude explicações para prevenir gravidez, mas todos sabem, quando tem que ser, será. O medo de passar por uma gravidez, perder os amigos, ser rejeitado pelos pais e não ter ninguém para contar e ajudar nos problemas é realmente muito grande. Escolhi uma jovem garota que contará tudo o que passou durante esse período tão temido pelas garotas. 



Tumblr_lvsf84nxkg1r6j65fo1_500_large

Nossa F ira nos contar como foi o seu período de gravidez :


''Acho que escrevendo isso aqui, vai ser uma das poucas vezes que eu paro pra olhar pra trás e ver como foi e como está sendo minha vida, depois que eu me tornei 'mãe', isso soa até engraçado, porque eu tenho 18 anos e só tinha 15 quando nasceu minha filhoquinha, ouço MUITO as pessoas perguntarem: "você não se arrependeu?" me arrepender de que? Eu posso ter dado um salto à frente da maternidade e amadurecimento, mas foi o melhor e o salto mais gratificante que eu poderia ter dado, amor de mãe é incondicionalmente inexplicável.. Maas vamos lá.. Eu tinha 15 anos, estava na oitava série, mantinha um relacionamento (com o pai da minha filha) de uns três anos e pouco.. Detalhe, eu só descobri que estava grávida DEPOIS que a gente terminou, eu senti desde o primeiro segundo que eu tava grávida. Mas eu escondi de todo mundo, comecei contanto pro meu ex (pai da minha filha) quando eu ja devia ta com um mês de gravidez e o desespero foi imediato.. Apesar d'eu estar super calma (até hoje me pergunto (como eu consegui ficar calma rs) lógico que pensamos imediatamente em tirar, não vou ser hipócrita e dizer que não, pensamos sim, mas acho que alguma coisa dentro mim (acho que amor de mãe) falava mais alto e pedia pra eu me permitir, me implorava pra ser mãe, e eu fui em frente, continue escondendo, 2,3,4 meses, até que eu resolvi contar pra minha irmã, que me apoiou incondicionalmente, e me deu força pra ir em frente e ter a criança! Até que fez cinco, quase seis meses e eu tava de madrugada tomando banho, até que minha mãe entrou e reparou na minha barriga e me perguntou se eu tava grávida e blablablá.. Começou a chorar, gritar, se desesperou, me chamou de louca, e esse ataque durou exatamente três dias, até que no quarto dia, ela olhou pra mim e disse que estava do meu lado e que eu JAMAIS ia passar por isso sozinha, que daqui pra frente ela ia cuidar de mim e da netinha dela como o bem mais precioso da sua vida.. aí contamos pra família, até chegar a parte mais temida: MEU PAI rs, e por incrível que pareça, foi quem mais me apoiou, desconfio q ele tava bêbado quando recebeu a noticia.. Mas enfim, aí acho que veio a parte mais complicada: contar pra amigos, colegas de escola.. Até que não foi difícil, contei pro pessoal da sala e eu mesma pedi que a noticia fosse espalhada, em dois dias todo mundo já sabia.. Passei pro primeiro ano e no começo do ano (28 de março) nasceu a luz dos meus olhos, Maria clara, meu parto e pós parto foram meio chatinhos porque foi cesárea e minha estrutura pra cirurgia é muito ruim.. Daí continuei estudando.. Apesar de ser bastante difícil conciliar escola e filho, eu tenho minha vida social é lógico, é lógico que eu saio, vou pra festinhas, nessa parte sou muito sortuda por minha mãe ficar com clarinha quando eu quero sair.. ouço muito as pessoas falarem que eu saio demais e blablablá, mas acho que eu mereço um tempo pra mim, eu cuido o dia todo da minha filha, tudo bem que eu Tenho ajuda de mãe, pai e etc.. Mas sou EU que cuido do banho, alimento, brinco, troco de roupa, enfeito, mimo, educo, digo não, até porque, ela só tem a MIM como referencial de paternidade e maternidade, o pai dela não contribui e não ajuda em nada, nem vê ela, que isso fique BEM claro! Mas enfim, ela tem em mim e na minha família todo carinho necessário! Hoje ela tem três anos, ta na escola, eu trabalho com minha mãe e faço engenharia, graças a deus eu tive a sorte de poder continuar minha vida, não me privei tanto assim das coisas.. Tenho meus momentos de nervoso, mas acho que naaada no mundo poderia ser melhor do que ter tido um filho com quinze anos, clarinha me aproximou da minha família, me aproximou de mim, eu descobri quem eu era de verdade, me deu maturidade, responsabilidade, força, eu sou sensível e incrivelmente forte ao mesmo tempo graças a ela, a princesinha é a luz da casa e da minha vida! Passei sim por MUITAS dificuldades, pós operatório, noites em claro, choro de criança sem parar no ouvido, fraldas e mais fraldas sujas, esporro de mãe por não cuidar direito dela (às vezes), querer sair e não poder, cansaço, estresse, querer dormir e ter que ficar acordada, ficar em casa enquanto minhas amigas se acabavam em baladinhas.. Mas tudo bem, eu fui forte e to viva! Todas as dificuldades parecem nada, quando ela acorda de manha pra ir pra escola e diz: Bom dia Nanda! Tomar banho pra ir pra escola! Hahaha detalhe: ela chama MINHA mãe, de mãe, e me chama de Nanda! Não tem jeito, já tentei corrigir.. Mas enfim, o único conselho que eu dou: Sua família são seus verdadeiros amigos, se precisar de ajuda, peça pra seus pais, amigo não vai te ajudar, só a sua família! Então. A melhor coisa a fazer é contar pros seus pais! Tenho certeza que tudo seria melhor se eu tivesse contado pros meus pais antes''.

A felicidade é algo que que só encontraremos quando nos sentirmos livre da tristeza e dispostos a leva-la conosco para toda a vida. 

Obrigado F! boa sorte e que Deus continue guiando você e sua filha. Pode contar sempre conosco. 

beijos!

                              Matheus Nattividade    

 
Etiqueta Jeans © 2012 | Designed by Rumah Dijual, in collaboration with Buy Dofollow Links! =) , Lastminutes and Ambien Side Effects